sexta-feira, 25 de maio de 2012

CPI tchutchuca

Nunca antes na história deste país alguma CPI chegou a punir a má conduta de alguns políticos, para não dizer outra coisa.

Instrumento criado pela constituição de 1988, permitiria a investigação de políticos, principalmente, legisladores envolvidos em casos de suspeita criminosa por seus pares. Perfeito se não fosse uma coisa: investigados por seus pares.

Já é sabido que legendas partidárias brasileiras não representam nada além de legendas partidárias, sem qualquer doutrina político-filosófica, seja de direita ou esquerda.

Tais extremos são identificados simplesmente pelo prato da balança das relações trabalhistas onde se encontram seus defensores.

Políticos que defendem os interesses de pecuaristas, industriais e religiosos são definidos como direita, enquanto aqueles que estão ligados as centrais sindicais, trabalhadores, pequenos agricultores são considerados esquerda.

Mas tanto um, quanto outro não abrem mão do conforto e beneces que lhes são servidos tanto pelo estado, quanto por seus patrocinadores.

A defesa e proposição de projetos não são voltados para o país, nem menos para aquele cidadão que lhe confere o voto.

Empreiteiros relacionam-se com a máquina pública, desde muito. Até na mudança da capital pode ter tido algum interesse obscuro.

O crime organizado também, por uma simples razão: garante votos através do exercício da força em seus currais eleitorais, nas desgraçadas regiões e favelas de grandes centros urbanos do país.

Patrocinadores e patrocinados vão à tona a cada fato noticiado, apresentando as contaminadas vísceras do estado.

Não existe mais moral, muito menos ética dentro de padrões elevados, mas no mais baixo nível deles, dedicados a interesses individuais.

Então o que fazer? Como comportar-se diante de tamanha e estapafúrdia conduta política? É dizer não, basta, chega!

Cada cidadão, nas próximas eleições, votando de forma consciente e inteligente, com um único propósito de separar aqueles suspeitos de não fazerem nada merecedor, daquela pequena e altruísta minoria de políticos que ainda acreditam na transformação positiva deste país.

É difícil, mas não tentar vai custar mais caro.