quinta-feira, 15 de março de 2012

Politicagem brasiliana

Em um estado democrático de direito, onde os três poderes assim constituídos gozam de independência baseada nos princípios de uma democracia saudável, não é cabível tamanha distorção.

Numa relação, no mínimo, temerosa, legislativo e executivo discutem apoio político as causas próprias colocando na negociação cargos na máquina pública.

A atitude esdrúxula de esvaziamento do congresso nacional para não aprovar projetos e emendas do executivo é vergonhosa.

Nossos legisladores fazem beicinho porque não foram ouvidos pelo executivo, ou ainda não foram informados pelo mesmo de suas ações.

Batem o pé e se jogam no chão como crianças mimadas acostumadas a terem todas, digo, todas as suas vontades satisfeitas.

O grande problema do nosso país e sua governabilidade, não está no rico solo, na costa magnífica, nas suas matas e florestas. Muito menos nos pequenos vilarejos do interior, ou nas grandes metrópoles. Não está na agropecuária, na indústria, no comércio ou nos serviços.

Nosso grande problema encontra-se no alto custo da máquina pública, e digo isso, por conta dos gastos exagerados com a manutenção de políticas que parecem um tremendo contra senso.

Uma delas é o financiamento partidário. Se um governo financia partidos, como fica o sistema democrático?

Outra está no aumento do número de municípios que não produzem nada, não geram receitas suficientes para manterem-se e mamam nas tetas de verbas oriundas do fundo federal destinado. Pouco se faz pela população e câmaras municipais são recheadas de vereadores que não fazem absolutamente nada, ou pouco, quando fazem.

Estas políticas sobe em hierarquia e escalão chegando a brasília e a esfera federal. Jetons e benefícios desnecessários são distribuídos aqueles que já recebem o seu salário para manter seu alto padrão de vida.

Se este, ou aquele deputado vai colocar um ou vinte assessores em seu gabinete, é problema deles. Eles que paguem do seu bolso!

Nosso ministro da fazenda deveria fazer a seguinte conta antes de inventar soluções mágicas para conter o dólar e tornar o brasil mais competitivo:

GTB - (GBP x TXC) = GRB, onde:

GTB - Gasto Total da Máquina Pública Brasileira
GBP - Gasto com Beneces Públicas a Autoridades Governamentais
TXC - Taxa de Corrupção
GRB - Gasto Real Brasil

Não é a taxação de produtos ou da entrada de capital estrangeiro que solucionará a crise. O problema é externo e pouco se pode fazer.

A atitude mais correta, seria atacar nossos problemas internos, reduzindo o GBP e a TXC, garantindo uma receita extra para a realização dos investimentos necessários e a redução da carga tributária.

Só para terminar: somente quando for criada uma conta corrente vinculada ao CPF é que teremos um real controle sobre a previdência e a então falácia de falência do sistemas cairá por terra.