segunda-feira, 11 de junho de 2012

h-um-anidade

Nunca fomos um e nunca seremos.

Antes as distâncias nos mantinham afastados, prevalecia o eu, o meu, o nosso.

Hoje a tecnologia nos faz permanecer ainda mais afastados, prevalecendo o eu, o meu, esquece o nosso.

Não existe espaço para o comum a todos, o bem maior. Somos egoístas, egocêntricos, não formamos a h-um-anidade.

Desde de nossas origens permanecemos afastados, olhando para nossos próprios umbigos, nem clãs e famílias vizinhas são bem-vindos.

Conflitos, embates, combates, lutas, guerras pela sobrevivência, por possuir mais recursos, o maior território, mais riquezas.

Explorar recursos naturais foi o primeiro passo, o segundo foi continuar explorando e degradando, o terceiro explorar ainda mais e degradar mais ainda.

O modelo não muda. Ninguém muda. Nada muda. Tudo persiste.

O sistema de oposições revela-se caduco. Defensores e agressores parecem ser engrenagens da mesma máquina, utilizando os mesmos recursos e gerando uma indústria do ambientalismo.

Alegoria criada com um fim que acabou deturpando-se.

Não acredito em ninguém e em mais nada, só em mim e no que posso fazer.

E voce?