sexta-feira, 27 de abril de 2012

Código florestal: sim e não cariocas

O xiitismo ambiental justifica a falta de atenção dedicada a causa por corporações latifundárias e legisladores. O bom senso deveria prevalecer e a lei respeitada.

A votação teve uma pegadinha. 

Quem votou “sim” desejava a manutenção do texto aprovado pelo Senado, que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição florestal. 

Já os que votaram “não”, estavam a favor do relatório do deputado Paulo Piau, que anulou essas obrigações e acabaram por ganhar por 90 votos e reformaram a principal lei florestal brasileira.

Veja como a bancada carioca se portou durante a votação do novo Código Florestal (fonte: O Eco notícias):

DEM
Rodrigo Maia sim

PCdoB
Jandira Feghali sim

PDT
Brizola Neto sim
Marcelo Matos sim
Miro Teixeira sim

PMDB
Adrian não
Alexandre Santos não
Edson Ezequiel não
Eduardo Cunha não
Fernando Jordão não
leonardo Picciani não
Washington Reis não

PP
Jair Bolsonaro não
Simão Sessim sim

PPS
Stepan Nercessian sim

PR
Anthony Garotinho abstenção
Adilson Soares não
Francisco Floriano não
Neilton Mulim sim
Paulo Feijó não
Zoinho não

PRB
Vitor Paulo sim

PSB
Glauder Braga sim
Romário não

PSC
Deley abstenção
Hugo Leal sim

PSD
Arolde de Oliveria não
Paulo Cesar sim
Felipe Bornier sim
Liliam Sá sim

PSDB
Andreia Zito sim
Otávio Leite sim

PSOL
Chico Alencar sim
Jean Wyllys sim

PT
Alessandro Molon sim
Benedita da Silva sim
Chico D'Angelo sim
Edson Santos sim
Luiz Sergio sim

PTB
Walney Rocha não

PV
Alfredo Sirkis sim
Aluízio sim

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cotas: justo injusto

Existe uma tremenda distorção na determinação de cotas sociais, escolares e, principalmente, raciais, uma vez que, segundo o IBGE, somente 6,1% da população se define como negra.

Ao adotarem o regime de cotas raciais, universidades públicas acabam por dever, estabelecer quais devem ser os traços e as feições físicas que caracterizam um cidadão negro em relação aos demais.

Isto abre um precedente socialmente temeroso, beirando ao nacional facismo alemão quando nos preâmbulos da Segunda Grande Guerra, sua liderança determinou segregação racial elegendo a "raça ariana" como suprema frente as demais.

Também podemos compará-la ao apartheid sul-africano o qual determinava o que, quando e onde cada "raça" podia fazer ou frequentar.

A verdade é que somos todos seres humanos, homo sapiens. Não existem raças de homens atualmente, nem do ponto de vista genético, nem do ponto de vista antropológico. O que existe são variações étnicas que podem ser encontradas em todas as partes do mundo e entre indivíduos de mesma cor de pele.

A solução imediata é por um fim neste ignorante regime de cotas raciais que, ao contrário do que se faz pensar, é excludente e seletivo, adotando um regime de cotas sociais, onde indivíduos oriundos de camadas menos favorecidas economicamente da sociedade possam ter uma oportunidade imediata de ingresso ao ensino superior enquanto não se promove uma revolução no sistema público de educação que garanta um alto padrão de qualidade na prestação do serviço com um aumento significativo dos investimentos - muito mais que os míseros 8% do PIB - e permita uma disputa em pé de igualdade com aqueles que frequentam excelentes instituições privadas de ensino, como citado no voto do ministro Gilmar Mendes em que diz:

"O principal ponto questionado foi a adoção pela UnB do critério exclusivamente racial em sua política de cotas. Para o ministro, esse aspecto – diferente do adotado em outros programas, que contemplam também critérios socioeconômicos – “resvalou para uma situação que é objeto de crítica e até de caricatura”, onde a seleção fica a critério de uma espécie de “tribunal racial”. As distorções são conhecidas, lembrou o ministro, como o caso de irmãos gêmeos univitelinos em que um deles foi considerado negro, e o outro não." Fonte: STF.

Uma vez solucionadas as demandas da educação pública, chegaria-se ao fim do regime de cotas.

Mas isto é um futuro pra lá de remoto e o Supremo ratifica com aprovação unânime.

Aprofunde no tema.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Interface amigável

Mesmo não sendo um arquiteto ou urbanista, me sinto no direito, como usuário, de manifestar minha opinião sobre o assunto.

Considero que cidades deveriam ter uma interface amigável ao cidadão usuário.

Toda cidade deveria ter um plano diretor onde haja uma sistemática ordenação de sua infraestrutura, superestimando todos problemas de possível ocorrência.

Possuir equipamentos públicos capazes de atender todas as demandas oriundas de qualquer cidadão usuário, independente qual seja ela.

Bairros e regiões com perfis combinados, reduziriam o fluxo, em grandes distâncias, de cidadãos usuários, com exceção dos pólos industriais, por motivos de segurança e qualidade de vida óbvios.

Uma rede de transportes públicos variada e interligada, com um sistema único de cobrança, privilegiando transportes de massa e veículos não-poluentes.

Busca constante pelo aprimoramento e racionalidade dos recursos e da gestão, objetivando redução de custos sem a perda da qualidade e eficiência dos serviços prestados.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dar luz é dar a vida

Jornal do Brasil

"Dar a luz é dar a vida, e não a morte". Esta frase dita pelo Ministro Ayres Britto reflete o pensamento dos oito que votaram favor da interrupção da gravidez em casos de fetos anencéfalos, com uma ressalva: caberá a gestante decidir ou não por isso.

Segundo especialistas, tal decisão foi pautada no direito a autonomia reprodutiva e no entendimento de que manter uma gestação de fetos que não tem condições de sobreviver apenas aumenta o sofrimento das famílias.

Mais uma vez o STF toma para sua responsabilidade legislar em causa pública relevante, enquanto o congresso nacional se omite por trás de dogmas e da covardia hipócrita em decidir questões relevantes.

Ratificando o STF, o executivo federal promete dar total apoio as gestantes que decidirem por suspender sua gravidez neste caso, fornecendo um serviço multidisciplinar capaz de atender todas as suas necessidades.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Liberte-se


Um fórmula de sucesso já de muito persiste na relação entre políticos, seus correligionários, o crime organizado e corruptores ativos.

O banquete servido é o estado em todas as suas esferas e poderes, não sobra nada.

Raros são os momentos em que tudo vem a tona, quiçá porque uns desejaram a parte doutros.

Órgãos investigativos são utilizados como instrumentos cirúrgicos para extrair aquele cancer que teima em devorar o alheio.

A imprensa, manipulada pelo recebimento de informações, estimula a opinião pública e seu posicionamento, exacerbando ainda mais a citada erradicação do mal para que este peçonhento organismo parasita mantenha seu sustento e sobrevivência.

"Criamos dificuldades para vender facilidades" - ouvi de um político certa vez.

Tomei nojo, ojeriza, aversão, me tornei apolítico.

Mas acabei por perceber que é justamente o que desejam: que o povo tenha aversão a política.

Reverti o processo, me engajando positivamente, extravasando toda a minha indignação e buscando soluções para demandas da minha comunidade.

Faça o mesmo. Não precisamos de políticos corruptos ou de seus corruptores para vivermos bem.

O que precisamos é mobilizarmo-nos imediatamente e fazermos acontecer. Esqueça os programas sociais, as bolsas de auxílio.

Eduque-se e aos seus, empreenda, seja resiliente, persista, ajude sua comunidade, participe ativamente das questões diárias, trabalhe muito e aprenda a lidar com o dinheiro.

Dinheiro este que não faz mal nenhum e nem traz infelicidade como transparece nas novelas, pelo contrário, liberta.

Liberte-se.


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Aqui, lá e acolá...

Enquanto Demógenes não larga o osso seguindo o exemplo de tantos outros iguais...

Candidato republicano americano utiliza dura realidade do estado de saúde da sua filha para promover-se e angariar votos.

Já lá na China, membro da cúpula do Partido levanta suspeita de envolvimento inescrupuloso e corrupto e é afastado do seu posto.

Aqui, como lá e acolá, políticos são os mesmos. usam o aparato para benefício próprio ou de poucos, somente a reação é diversa, quando pegos com a mão na botija.

Vale a pena gastar dinheiro público para permitir aborto de feto anencéfalo? Será que ninguém pensa nos riscos da mãe e seu constrangimento emocional em saber que gera um ser fadado a morte natal?

terça-feira, 3 de abril de 2012

Ética?!

O presidente da Hungria renunciou após denúncia de plágio de tese de doutorado defendida por ele há 20 anos.

Diante do parlamento discursou afirmando que o escândalo estaria dividindo o país.

Do outro lado do atlântico, segue a ladainha tupiniquim sobre atitudes desmostianas que nem de pouco, quanto mais de muito, corroboram com a imagem de político ilibado e retitude que sempre tentou parecer.

Mais uma vez ludibriados por subterfúgios e estratagemas politiqueiros, somos a audiência passiva deste drama que não parece ter mais fim.

Todos, digo todos os homens públicos que estiveram envolvidos em escândalos, alegaram inocência e foram até as últimas consequências para manter seus cargos e beneces, só tirando seu time de campo quando a possibilidade de inelegibilidade e perda de fórum privilegiado fosse evidente.

Percebe-se que o povo merece o que está ali, não porque vota mal, mas porque é inerte e indolente, aceitando migalhosas bolsas assistenciais ou um saco de cimento e meia dúzias de tijolos para fazer uma laje.

Laje esta, tão famosa, por fazer parte do cotidiano de uma maioria como seu espaço de lazer e confraternização e que de lá deveria ecoar um grito alto exigindo atitudes públicas compatíveis as funções desempenhadas pelos mais bem remunerados funcionários públicos.

Não sejamos indolentes, verborremos nossa indignação, vomitando tudo de podre do reino tupiniquim.